Companhia de dança de Deborah Colker apresenta o espetáculo Cão Sem Plumas, em São Caetano do Sul
O grupo faz única apresentação desta montagem baseada no poema de João Cabral de Melo Neto, que mistura dança e cinema, no próximo dia 05 de junho.
O renomado espetáculo “Cão Sem Plumas”, da companhia de dança Deborah Colker, chega à cidade de São Caetano do Sul – São Paulo, pela primeira vez. Em única apresentação, dia 05 de junho, no Teatro Paulo Machado de Carvalho, a performance que retrata as misérias do estado de Pernambuco, completará um ano de apresentações e teatros lotados.
Sua estreia nacional aconteceu em 3 de junho de 2017, no Teatro Guararapes, em Recife e depois seguiu turnê passando por várias cidades do Brasil. Sucesso de público e crítica, já foi visto por mais de 100 mil pessoas em 31 cidades.
O espetáculo, baseado no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), publicado em 1950, acompanha o percurso do rio Capibaribe, que corta boa parte do estado de Pernambuco. Mostra a pobreza da população ribeirinha, o descaso das elites, a vida no mangue, de “força invencível e anônima”. A imagem do “cão sem plumas” serve para o rio e para as pessoas que vivem no seu entorno. “O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana. Destruir a natureza, as crianças, o que é cheio de vida”, diz Deborah.
A dança se mistura com o cinema. Cenas de um filme realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis – diretor de longas-metragens como Amarelo Manga, Febre do Rato e Big Jato – são projetadas no fundo do palco e dialogam com os corpos dos 13 bailarinos, completando o cenário. As imagens foram registradas quando a coreógrafa, o cineasta e toda a companhia de dança, viajaram durante 24 dias do limite entre o sertão e o agreste do Estado de Pernambuco até Recife.
A jornada também foi documentada pelo fotógrafo Cafi, nascido em Pernambuco. Na trilha sonora original estão mais dois pernambucanos: Jorge Dü Peixe, da banda Nação Zumbi e um dos expoentes do movimento mangue beat, e Lirinha (ex-cantor do Cordel do Fogo Encantado, poeta e ator), além do carioca Berna Ceppas, que acompanha Deborah desde o trabalho de estreia, Vulcão (1994). Outros antigos parceiros estão em cenografia e direção de arte, como Gringo Cardia, e na iluminação, Jorginho de Carvalho. Os figurinos são de Claudia Kopke. A direção executiva é de João Elias, fundador da companhia.
Os bailarinos se cobrem de lama, alusão às paisagens que o poema descreve, e seus passos evocam os caranguejos. O animal que vive no mangue está nas ideias do geógrafo Josué de Castro (1908-1973), autor de Geografia da fome e Homens e caranguejos, e do cantor e compositor Chico Science (1966-1997), principal nome do mangue beat. O movimento mesclava regional e universal, tradição e tecnologia. Como Deborah faz.
Para construir um bicho-homem, conceito que é base de toda a coreografia, a artista não se baseou apenas em manifestações que são fortes em Pernambuco, como maracatu e coco. Também se valeu de samba, jongo, kuduro e outras danças populares. “Minha história é uma história de misturas”, afirma ela.
Tendo a Petrobras como mantenedora desde 1995, seu grupo se firmou como fenômeno pop em Velox (1995), Rota (1997) e Casa (1999). Os espetáculos Nó (2005), Cruel (2008), Tatyana (2011) e Belle (2014) trataram de temas existenciais, como os afetos. Em Cão sem plumas, Deborah reúne aspectos de toda a sua carreira. “Cabem a elegância do clássico, a lama das raízes e o olhar contemporâneo. O nome disso é João Cabral”, diz ela.
Reconhecida internacionalmente, Deborah recebeu em 2001 o Laurence Olivier Award na categoria Oustanding Achievement in Dance (realização mais notável em dança no mundo). Em 2009, criou um espetáculo para o Cirque de Soleil: Ovo. Em 2016, foi a diretora de movimento da cerimônia de abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro.
FICHA TÉCNICA
Criação, Coreografia e Direção: DEBORAH COLKER
Direção Executiva: JOÃO ELIAS
Direção Cinematográfica e Dramaturgia: CLAUDIO ASSIS
Direção de Arte e Cenografia: GRINGO CARDIA
Direção Musical: JORGE DÜ PEIXE e BERNA CEPPAS participação especial LIRINHA
Desenho de Luz: JORGINHO DE CARVALHO
Figurinos: CLÁUDIA KOPKE
Patrocínio: PETROBRAS
CÃO SEM PLUMAS
Teatro Paulo Machado de Carvalho
Enderço: Al. Conde de Porto Alegre, 840 - São Caetano do Sul - SP
Capacidade: 1.122 lugares
Data: 05 de junho
Horário: 20h30
Duração: 1h10 minutos
Classificação: Livre
Ingressos:
Setor I: R$ 120 (inteira) R$ 60 (meia)
Setor II: R$ 100 (inteira), R$ 50 (meia)
Venda:
Online Bilheteria Express Eventos – www.bilheteriaexpress.com
BILHETERIA DO TEATRO NA SEMANA QUE ANTECEDE O EVENTO
PONTOS DE VENDA (com taxa de serviço)
PIZZAMANIA PIZZARIA: Rua João D'agostini, 150 - Bairro Mauá, São Caetano do Sul - SP
Terça a Quinta e Domingo das 18h às 23h Horas / Sexta e Sábado das 18h às 24h Horas
DREAM CAR: Estr. das Lágrimas, 658 - Jardim São Caetano, São Caetano do Sul - SP
Segunda à Sexta-feira das 8h30 às 17h
Descontos:
- Cartão Petrobras e Força de Trabalho: 50% na compra de até 2 ingressos por apresentação. Desconto não cumulativo.
- Estudantes e idosos: 50% de desconto.
- Cliente Porto Seguro c/ 01 acompanhante - 50 % de desconto.