Concerto para João, com direção de Cassio Scapin no Teatro FAAP
Emocionante história do maestro João Carlos Martins vira peça em Concerto para João, dirigida por Cassio Scapin
Com dramaturgia de Sérgio Roveri, espetáculo estreia em agosto no Teatro Faap. Protagonista é vivido por Rodrigo Pandolfo, que também interpretou o homenageado no cinema. Completam o elenco os atores Duda Mamberti, Ando Camargo e a atriz Michelle Boesche
O emocionante exemplo de talento, genialidade e superação de João Carlos Martins inspira o espetáculo teatral Concerto para João, com direção de Cassio Scapine texto de Sérgio Roveri,
estreia no dia 10 de agosto no Teatro FAAP, onde fica em cartaz até 02 de dezembro de 2018.
A trajetória do maestro mais amado do país já foi contada no cinema pelo filme “João, O Maestro” (2017), de Mauro Lima, que, assim como a peça, traz como protagonista o ator
Rodrigo Pandolfo.
“Cinema e teatro são veículos muito distintos, então, invariavelmente, existe um pequeno abismo entre os dois. Desta vez, certamente, vou descobrir camadas mais profundas e me apropriar com mais segurança dessa figura tão interessante. A dramaturgia do espetáculo é muito distinta do filme. Ela foge da biografia cronológica e os personagens, a temperatura, a direção, as situações, os atores são todos diferentes”, comenta Rodrigo Pandolfo.
Para ele não há muita diferença entre interpretar um personagem real ou fictício. “O trabalho é o mesmo. A responsabilidade de fazer o João já está implícita. Quero mais é me divertir e jogar alegremente com meus companheiros de cena”, diz.
A encenação se passa durante uma das várias cirurgias às quais o pianista foi submetido para tentar continuar tocando. Dividido entre o sono da anestesia e a vigília, ele revive alguns de seus grandes concertos, narra os inúmeros episódios de superação e recebe a visita de um homem misterioso, com quem estabelece uma relação humana e musical.
A trama transita entre fantasia e a realidade para narrar as glórias e os desafios enfrentados por um dos maiores músicos brasileiros ao longo de seus 60 anos de carreira.
O próprio maestro João Carlos ficou surpreso com o texto. “Por nunca ter conversado com o Sérgio Roveri na vida, impressionei-me muito com a peça. Parece que ele esteve dentro da minha alma desde os 18 anos. Ele soube captar o que passou internamente entre a dúvida de achar que eu tinha uma missão e a dúvida de levar essa missão adiante, sabendo que eu tinha uma distonia cerebral. Essa espécie de ansiedade aliada a uma interrogação do que seria o meu amanhã, durante esses 60 anos, estão impressos dentro as peça toda”, revela o maestro.
Este é o quarto trabalho sobre a vida do maestro. “Já foram feitos dois documentários na Europa e um filme aqui no Brasil, todos muito bons. Pura arte. Agora, no teatro, há uma espécie de mistério na ligação entre o elenco e o público. Falo isso, porque muitas das minhas gravações foram feitas ao vivo, com público, no fundo, o que fiz de melhor é quando tinha o público ouvindo, aquela ligação fazia com que todas as gravações tivessem algo de mistério. Para mim o Pandolfo chega à beira da genialidade”, afirma.
O dramaturgo Sérgio Roveri conta que procurou fugir daquele esquema tradicional de vida e obra, aquela linguagem cronológica que acompanha todos os episódios da vida de alguém famoso ano a ano. “Eu procurei um recorte para contar a história dele – e achei que a cirurgia no cérebro a que ele se submeteu em 2012 era o acontecimento perfeito para eu lidar com as questões da memória dele, dos medos, das superações. Assim, no plano real, a peça se passa nos poucos dias em que ele ficou internado, mas na imaginação do maestro há toda uma vida sendo passada em revista. A peça, na verdade, assumiu este desafio de condensar uma vida riquíssima dentro dos três ou quatro dias que ele ficou no hospital. E apesar do talento comprovado e reconhecido dele, o que mais me inspirou na hora de escrever foram os momentos em que ele se viu privado deste talento. E eu penso que, ao conduzir a história por este caminho, a peça deixa de falar apenas dele e passa a falar de todo grande artista que, de repente, se vê impedido de realizar sua arte”, conta o autor
SINOPSE
Inspirada na vida do pianista e maestro João Carlos Martins, a peça Concerto para João transita entre a realidade e a fantasia para narrar as glórias e os desafios enfrentados por um dos maiores músicos brasileiros em mais de 60 anos de carreira. A história se passa durante uma cirurgia em que o maestro, dividido entre o sono e a vigília, revive alguns dos seus grandes
concertos, narra seus inúmeros episódios de superação e ainda recebe a visita de um homem misterioso, com quem estabelece uma relação humana e musical.
FICHA TÉCNICA
Texto: Sérgio Roveri
Direção: Cassio Scapin
Elenco: Rodrigo Pandolfo, Michelle Boesche, Ando Camargo e Duda Mamberti
Cenário: Chris Aizner e Nilton Aizner
Figurino: Fabio Namatame
Trilha Sonora: Daniel Maia
Iluminação: Marisa Bentivegna
Direção de Produção: Carlos Mamberti
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Fotografia: Ale Catan
Marketing e Negócios: Fernanda Couto e Kiko Vianello
Ministério da Cultura e Atlas Schindler apresentam Concerto para João
Apoio: Volkswagen Caminhões e Ônibus
Realização: Geradora Teatral e CD4 Produções
Correalização: AT Cultural
CONCERTO PARA JOÃO
Teatro FAAP
Endereço: Rua Alagoas, 903 – Higienópolis - São Paulo/SP
Telefone: 11 3662-7233 / 7234
Capacidade: 510 Lugares Dias: De 10 de Agosto a 02 de Dezembro Horários: Sextas e Sábados às 21h - Domingos às 18h
Gênero: Drama
Duração: 80 minutos
Classificação: Livre
Ingressos: R$ 75,00 inteira e R$ 37,50 meia-entrada
Vendas bilheteria e internet: https://teatrofaap.showare.com.br