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NAVALHA NA CARNE - Uma homenagem a Tônia Carrero no Sesc Bom Retiro

Em homenagem à Tônia Carrero, espetáculo encenado por ela há 50 anos tem nova montagem com sua neta, Luisa Thiré, fazendo o mesmo papel da avó e estreando no dia em que ela faria 96 anos

Tônia Carrero estava fora de cena já há um bom tempo. Sua última peça foi Um Barco Para o Sonho, em 2007. Sua neta, Luisa Thiré, andava querendo fazer uma homenagem a ela. “Como a maior paixão que sempre tivemos em comum foi o TEATRO, eu estava procurando uma peça, relendo textos que ela já havia montado. E então eu reli Navalha na Carne, de Plínio Marcos. Isso foi em fevereiro deste ano, quando estava ensaiando com Gustavo Wabner, uma leitura dramatizada de uma peça inédita de Naum Alves de Souza. Sua força, sua importância e todas as questões que a peça aborda estão aí até hoje, sendo discutidas por alguns e vividas por muitos: violência contra mulher, homossexualismo, pobreza, marginalidade. Então começamos a conversar sobre isso. Duas semanas depois, minha vó faleceu” conta Luisa e completa: “Não tirei mais isso da cabeça. Disse: tenho que fazer NAVALHA, tenho que ser Neusa Sueli em homenagem a ela. Em 23 de agosto deste ano, minha vó faria 96 anos. Data perfeita para estreia, pensei.” Foi com essa peça que Tônia Carrero ganhou a credibilidade da crítica teatral, em 1967, acompanhada de Emiliano Queiroz e Nelson Xavier, com direção de Fauzi Arap. Até então ela era considerada a atriz mais linda e glamorosa. Mas foi com esse papel que ganhou prêmios de melhor atriz e foi finalmente reconhecida como a grande atriz que sempre foi. Tônia foi uma das mulheres mais atuantes do teatro brasileiro e uma das responsáveis pela liberação deste texto quando ele ainda estava proibido pela censura. Navalha na Carne é um dos textos mais importantes da dramaturgia brasileira. Contundente, visceral, violento, patético, poético e humano. A peça foi proibida de ser encenada por mais de treze anos durante a ditadura militar. Sobreviveu a censura e teve inúmeras montagens, sendo um dos textos mais populares do autor Plínio Marcos. A montagem atual conta com Gustavo Wabner, que vem trabalhando como assistente de direção há muitos anos, ao lado de Gabriel Vilella, Sérgio Modena e Naum Alves de Souza, assinando sua primeira direção. “Acredito que essa peça sobreviveu pela pertinência dos temas que levanta. Sobreviveu pela riqueza de nuances e complexidade das personagens. E também porque de lá pra cá (infelizmente), as coisas não mudaram muito.” afirma o diretor.

Na peça, Neusa Sueli é uma prostituta decadente e explorada por Vado, seu cafetão. Em meio a brigas e desavenças, ela vai às ruas para ganhar dinheiro, enquanto Vado sai com outras mulheres e passa a vida sossegado. O que eles não esperavam, era que Veludo, um homossexual que trabalha como faxineiro, roubasse todo o dinheiro que Neusa Sueli deixou par seu cafetão, em cima do criado mudo, antes de sair para mais uma noite de trabalho. Ao retornar da rua, Neusa é intimada por Vado, que inicia uma acirrada discussão com a amante por causa do sumiço do dinheiro. Veludo é chamado para esclarecer sobre o roubo, pois era a única pessoa que tinha acesso ao dormitório. Após uma calorosa e violenta discussão entre os três, Veludo finalmente assume a autoria do furto e é violentamente enxotado dali. Vado, então, humilha Neusa Sueli e sai para a farra deixando-a solitária em seu quarto. “Estamos produzindo um vídeo, de 5 ou 6 minutos, que será exibido nas apresentações. Faz parte da homenagem e trás depoimentos de Tônia Carrero, Plinio Marcos, fotos da montagem com Tônia, Nelson Xavier, Emiliano Queiroz e direção de Fauzi Arap. É o primeiro aniversário dela que passaremos sem a sua deslumbrante presença. Faço, então, essa singela homenagem!”, completa Luisa.

Ficha Técnica: Texto: Plínio Marcos Direção: Gustavo Wabner Elenco: Luisa Thiré, Alex Nader e Ranieri Gonzalez Cenário: Sergio Marimba Figurino: Marcelo Marques Iluminação: Paulo Cesar Medeiros Direção musical: Marcelo Alonso Neves Direção de Movimento: Sueli Guerra Preparação vocal: Ana Frota Visagismo: Rose Verçosa Assistente de direção: Celso Andre Assessoria de imprensa: Morente Forte Fotografia e design: Victor Hugo Cecatto Produção Executiva: Bárbara Montes Claros Direção de produção: Celso Lemos Supervisão de Produção: Norma Thiré Idealização: Luisa Thiré

NAVALHA NA CARNE Uma homenagem a Tônia Carrero

Teatro Sesc Bom Retiro

Endereço: Al. Nothmann, 185 – Campos Elíseos - São Paulo/SP

Telefone: (11) 3332-3600 Capacidade: 291 lugares

Dia: De 23 de Agosto a 30 de Setembro

Horário: Sexta e Sábado às 21h e Domingo às 18h

Gênero: Drama

Duração: 75 minutos

Classificação: 16 anos

Ingressos: Inteira R$ 30 / R$15 meia / Credencial Plena R$ 9,00

Venda na bilheteria e pela internet https://www.sescsp.org.br

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