Grupo XIX de Teatro faz curta temporada de ARRUFOS na CAIXA Cultural São Paulo
Espetáculo aborda questões sobre o amor em diferentes épocas. Ingressos são gratuitos.
A CAIXA Cultural São Paulo apresenta, de 16 a 26 de agosto (quinta a domingo), o espetáculo Arrufos, do Grupo XIX de Teatro. A peça aborda questões sobre o amor em diferentes épocas e concepções. Os ingressos são gratuitos e começam a ser distribuídos às 9h do dia do evento.
Terceira peça a ser montada pela companhia, Arrufos, de 2007, é resultado de longa pesquisa em torno da história do amor privado no Brasil e seus desdobramentos até os dias atuais. O espetáculo propõe uma reflexão sobre o desejo de amar e ser amado. Arrufo significa briga sem importância entre pessoas que se amam.
Toda a iluminação vem de 50 abajures que o público apaga no início do espetáculo e que, aos poucos, voltam a ser acesos pelos atores. A direção de arte de Renato Bolelli Rebouças (vencedor do Prêmio Shell em 2008 por este espetáculo) acomoda as pessoas em arquibancadas formando uma espécie de “parede de alcova”. Os espectadores são convidados a sentar em almofadas, formando casais mesmo quando não o são, promovendo, assim, um inusitado encontro.
Em cena, três histórias, em épocas diferentes, são contadas. Misturam-se os tempos para que o espectador entenda como surgiu o ideário do amor romântico e a quem serve essa construção. No século 18, um pai agoniza no leito de morte rodeado pela esposa, a filha, a amante, um empregado e um padre. No século 19, três meninos se encontram em um cemitério para declamar poesias. Paralelamente, três meninas conversam depois de voltarem de um baile de gala. Um romance se instaura entre uma das meninas e um dos garotos, um amor inviável pela diferença social entre os dois. Já no século 20, seis personagens confidenciam à plateia suas diferentes experiências amorosas.
Segundo o diretor Luiz Fernando Marques, as histórias que aparecem em cena refletem a concepção de amor de seu tempo. “Na primeira, temos o amor contratual, ligado ao conceito de propriedade e marcado pela influência católica. Na segunda, há o amor do Romantismo, a ideia de alma gêmea, do amor salvador, ao mesmo tempo que impossível. A terceira parte, por sua vez, traz o amor pós-freudiano”, explica. A dramaturgia constrói, a partir de esboços de vários amores, a idealização do amor como fator sócio-político, que serve de moldura para os anseios e desejos mais profundos do homem.
Por esta peça, o Grupo XIX recebeu o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de Melhor Direção em 2008, Prêmio Shell de Teatro de Melhor Cenário (sendo também indicado em categoria especial pela pesquisa e realização da peça) e Prêmio da Cooperativa Paulista de Teatro de Melhor Projeto Visual.
Ficha técnica:
Pesquisa e Criação: Grupo XIX de Teatro
Dramaturgia: Janaina Leite, Juliana Sanches, Luiz Fernando Marques, Paulo Celestino, Rodolfo Amorim, Ronaldo Serruya e Sara Antunes
Elenco: Juliana Sanches, Paulo Celestino, Janaina Leite, Rodolfo Amorim, Ronaldo Serruya, Mara Helleno
Direção: Luiz Fernando Marques
Direção de Arte: Renato Bolelli
Técnico de Palco: Roberto Oliveira
Produção da temporada: Maria Carolina Dressler e Tatiana Ribeiro
Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli
Produção: Grupo XIX de Teatro
ARRUFOS, com o Grupo XIX de Teatro
CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – Centro - São Paulo/SP
Telefone: 11 3321-4400
Capacidade: 80 lugares
Dias: de 16 a 26 de Agosto
Horário: Quinta a Domingo às 19h15]
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Entrada franca: ingressos distribuídos a partir das 9h do dia do evento
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: Caixa Econômica Federal